Planejamento empresarial em tempos de COVID
As empresas brasileiras estão vivendo talvez o maior desafio de sua historia, nunca foi observado uma paralisação desta amplitude. Em momentos como este observamos o comportamento de empresas de pequeno porte a de grande porte, e como estas empresas estão reagindo e se comportando neste momento.
Existem diversos campos de atuação empresarial, em crises como a atual, alguns setores tem ganhos e uma produtividade elevada, quanto outros estão com suas atividades suspensas. Podemos citar , como exemplo, a alimentação e farmacêutico, que são caracterizados como essencial. Tendo como contraponto aos exemplos citados, podemos trazer o comercio de bens e mercadorias consideradas não essenciais, como vestuário e acessórios, além de bares e restaurantes. Onde, se estas empresas não possuem um setor de vendas digital, provavelmente estão com suas portas fechadas, caso o município não tenha autorizado a comercialização de produtos de forma presencial, como no caso de Campina Grande, Paraíba.
Assim, é fundamental que as empresas, repito, independentemente do seu porte, tenham um planejamento empresarial para enfrentar a crise e o seu pós. Infelizmente estamos observando empresas encerrando suas atividades em virtude da cessação de suas atividades presenciais, pois, não possuem atividade digital, pois, a maioria destas empresas dependem do giro mensal, não possuindo lastro para suportar um ou mais meses de cessação de atividades.
O planejamento tem a finalidade de preparar o empresario, estabelecer objetivos, criar planos e definir uma estrategia a ser seguida. O planejamento empresarial tem como objetivo para que as empresas se adaptarem às mudanças que ocorrem constantemente no mercado em que atua. Imagine o quão ruim é ser pego desprevenido e ser obrigado a elaborar estratégias para não se engolido pelas transformações às pressas. Tem também como meta a maximização da produção considerando os recursos disponiveis, onde é possilitado a empresários, gestores, líderes e colaboradores aumentar, de forma considerável, o seu potencial produtivo. Isso acontece, pois o planejamento dá a todos uma visão macro da empresa, sendo assim, conseguem visualizar os recursos que possuem, tanto financeiros, de capital humano, quanto de infraestrutura, para que assim aumentem sua produtividade de maneira geral.
Esta é uma das melhorias e dos objetivos que considero mais importantes entre que as que foram citadas até o momento, pois oferece a todos a possibilidade de trabalharem de maneira organizada, utilizando o máximo do potencial produtivo que existe na empresa. Com isso, é possível alcançar, cada vez mais, resultados extraordinários nos negócios.
Outro objetivo do planejamento é o de traçar planos de ação e também planos emergenciais. Os planos de ação são fundamentais ao longo de todo este processo de evolução do empreendimento. Isso porque, ao serem concluídos, eles fazem com que todos estejam sempre mais próximos do objetivo final a ser alcançado. Outro ponto importante é que ao serem elaborados, eles permitem que seja feita uma projeção para lidar com as possíveis adversidades que venham a surgir no meio do caminho. Assim, é possível construir planos de ação emergenciais para ligar com todos os desafios que aparecerem.
Levando em consideração esses aspectos, o planejamento estratégico empresarial é um instrumento poderoso para o gestor, e visa garantir que a organização perdure ao longo do tempo, desenvolvendo seu potencial lucrativo continuamente.
É fundamental o planejamento empresarial e tributário para as empresas nacionais, pois, em uma economia como a Brasileira e com uma carga tributaria agressiva sobre os empreendedores. No Brasil, cerca de 40% das 597.200 empresas criadas em 2012 estavam ativas em 2017. Essa proporção, medida pela taxa de sobrevivência, aponta que seis em cada dez companhias encerraram suas atividades nesses cinco anos, período em que o país esteve por dois anos em recessão (2015 e 2016). Os dados são da Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desta forma, é questão de sobrevivência do empreendimento, o ato de planejamento.
Marcelo Eduardo de Melo Silva
06 de junho de 2020